Governo federal
Paulo Pimenta visita a região e ouve demandas de prefeitos
Ministro da Reconstrução do RS visitou Pelotas e Rio Grande pela primeira vez desde o início das enchentes
Volmer Perez - DP - Pimenta elogiou atuação dos técnicos da UFPel
O ministro-chefe da Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta (PT), visitou a região sul do Estado nesta sexta-feira. Pela manhã, Pimenta visitou a Furg e o Hospital de Campanha instalado no Parque Marinha em Rio Grande. Já à tarde, em Pelotas, Pimenta esteve na sala de situação instalada no quartel do Exército em Pelotas e se reuniu com prefeitos da região na sede da Azonasul. Acompanhou o ministro o secretário nacional de Proteção e Defesa Civil, Wolnei Wolff.
Na sala de situação, a prefeita Paula Mascarenhas (PSDB) relatou a atuação conjunta das forças de segurança, do poder público e da academia na prevenção e combate aos efeitos da estiagem em Pelotas. Os membros do comitê científico apresentaram as atividades do grupo e os desafios de se monitorar a situação diante da escassez de informações, como a situação das águas na região e a falta do radar meteorológico da UFPel. Pimenta elogiou a atuação da sala de situação, ponderando que “é um fenômeno que está acontecendo no Estado de forma distinta nas regiões”.
Em reunião na Azonasul, os prefeitos relataram os desafios enfrentados pelos municípios e cobraram um olhar para as cidades que, mesmo não estando com decreto de calamidade, enfrentam duramente os efeitos das chuvas, especialmente na área rural, com a destruição de estradas e pontes. A prefeita Paula, que preside a Azonasul, defendeu a capacidade de a região sul auxiliar na reconstrução das áreas mais devastadas no Rio Grande do Sul. “É hora de união e desenvolvimento harmônico, e talvez a nossa região seja capaz de ajudar a dar esse salto necessário na reconstrução”, disse.
“É uma demonstração de que nós temos uma enorme capacidade científica e técnica, de inteligência, que pode servir para que a gente possa ser uma referência de análise, de estudos, de projetos, para que possamos apontar tudo que precisa ser feito em termos de planejamento e investimento para que esse tipo de situação nunca mais se repita. Tenho certeza que a Zona Sul do Estado tem todas as condições de ter um papel muito relevante neste processo”, disse Pimenta.
O ministro citou as ações do governo para atender os afetados pelas enchentes, como o auxílio financeiro e as iniciativas habitacionais para socorrer as localidades que foram mais devastadas pela força da água. “Todas as famílias que tiveram suas casas atingidas, que estão em áreas de risco e não podem permanecer nessa área, que tiveram a casa condenada, vão receber um recurso do governo federal para aquisição de um imóvel novo, tanto na cidade quanto no interior”, garantiu o ministro.
Questionado pelos prefeitos sobre a falta de recursos para a reconstrução das cidades, o ministro anunciou que uma alternativa que vem sendo elaborada pelo governo federal é a possibilidade de os municípios suspenderem o pagamento das contribuições patronais por dez meses, dando um fôlego aos orçamentos das prefeituras. O valor devido seria pago parcelado ao longo de dez anos. “Estamos estudando uma forma de garantir recursos para os municípios, nos próximos dias, assim como anunciamos medidas para os empresários e outros setores, estamos procurando criar um tipo de mecanismo que permita fôlego para as prefeituras para essas outras despesas”, disse.
Os prefeitos também questionaram o ministro sobre os prejuízos à agricultura e aos pescadores que foram fortemente impactados pelas enchentes. “Temos que encontrar uma saída, a atividade econômica foi inviabilizada, se esse foi o critério para as medidas que foram anunciadas, vamos trabalhar na próxima semana para ver como a gente enquadra a questão dos pescadores”, respondeu Pimenta.
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